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JUN
04
04 JUN 2019
CULTURA, ESPORTES E LAZER
Comissão Organizadora lança o cartaz oficial do 55º Festival do Folclore
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Sob olhares atentos e de muita emoção, a Comissão Organizadora do Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia lançou na tarde desta terça-feira, 4 de junho, o cartaz oficial da festa. O evento, que este ano chega em sua 55ª edição, será realizado de 3 a 11 de agosto, na Praça de Atividades Folclóricas e Turísticas “Professor José Sant’anna”, o Recinto do Folclore.

O lançamento do cartaz ocorreu na sede das secretarias de Turismo e de Cultura, Esportes e Lazer, com a presença do prefeito Fernando Cunha, do secretário de Turismo e de Cultura, Esportes e Lazer, Dr. Selim Jamil Murad, secretários municipais, vereadores Niquinha Delomodarme (Presidente da Câmara), Marcão Coca e João Magalhães, imprensa e membros da Comissão Organizadora.

Também prestigiaram o evento três integrantes do Grupo de Fandango de Tamanco Cuitelo, da cidade de Ribeirão Grande, interior de São Paulo, que ilustra o cartaz deste ano. Representando a agremiação, estavam Diogo Araújo Silva, Maurício Firmino e Pedro Modesto. Também acompanhou a cerimônia o presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Grande, vereador Marcelo Nunes.

Na ocasião, o prefeito Fernando Cunha deu depoimento sobre o compromisso da cidade com a cultura brasileira autêntica. “Quero dizer que é uma honra pra nós recebê-los aqui e vocês figurarem o nosso cartaz de 55 anos é muito merecido pela contribuição de vocês. Isso demonstra o desapego que Olímpia tem com a parte teatral e de marketing porque Olímpia preza a essência do folclore e da cultura e, por isso, coloca no cartaz aquilo que é representativo dessa cultura, esse compromisso que temos, por lei, essa honra de ser Capital Nacional do Folclore. Sentimos a obrigação de carregar essa história que o Professor José Sant’anna construiu em Olímpia de um momento único em que todas regiões do Brasil se encontram aqui, mostrando a cultura popular autêntica. Agradeço o trabalho de toda a nossa equipe também, que se empenha para resgatar e manter vivo o festival e dizer que vamos continuar aprimorando tanto em estrutura quanto em essência cultural”, enalteceu o prefeito.

O GRUPO

Fundado em 1964, no Bairro Ferreira dos Matos, zona rural de Ribeirão Grande, por Pedro Vilarino Ferreira, o grupo de Fandango de Tamanco ganhou o nome de Cuitelo. Apelido este que foi dado pelo próprio fundador, pois era um amante dos beija-flores, pássaro que no linguajar caipira é conhecido como ‘cuitelo’.

Sua primeira apresentação foi em 1964, na cidade de Itapetininga. E foi nesta apresentação que estava presente o professor José Sant’anna, criador do Festival do Folclore. Conta a história que o professor ficou encantado com o grupo e o convidou para participar do evento em Olímpia. A partir daí, foram 54 anos ininterruptos de presença na Capital Nacional do Folclore. Assim, a ilustração do cartaz é uma homenagem ao Fandango de Tamanco por ser o grupo que participou de todas as edições do festival até hoje.

“Para gente é uma responsabilidade muito grande. Estar aqui em Olímpia pra nós é uma honra, em representar a todos aqueles dos nossos que já se foram. Quando nós fomos convidados, o coração foi a mil. Queremos muito agradecer a Deus, que nos deu o dom da vida e nos permitiu estar aqui hoje, às autoridades que nos proporcionaram estar aqui e também aos nossos antepassados que nos deixaram essa herança, que é essa viola, essa sanfona, o chapéu de palha, a camisa xadrez e o lenço no pescoço. Participar desse festival e ser homenageado no cartaz é motivo de muito orgulho porque é a história do povo do sertão, sendo reconhecida, tendo essa visibilidade. A gente fica imensamente agradecido a toda a equipe do Festival e a toda população de Olímpia. Esse cartaz para nós é um troféu”, disse Diogo Silva emocionado.

A TRADIÇÃO DO FANDANGO

O Fandango, dança sapateada e palmeada ao som de violas e gaitas, é de origem hibérica, especificamente da Espanha, e chegou até a região do Sudoeste Paulista através dos Tropeiros, grupo de muladeiros, que vinham do sul do país, por volta de 1700. Em seu percurso desbravando o sertão paulista, os tropeiros faziam suas paradas e, muitas vezes, criavam-se povoados, uma vez que os usos e costumes dos tropeiros que eram formados por portugueses, espanhóis, italianos e outras etnias, instalavam-se por onde passavam e as culturas e tradições foram também transmitidas ao povo local.

A manifestação cultural era também uma forma de confraternização celebrada na comunidade após os “puxirões” ou mutirões, que eram os trabalhos coletivos nas lavouras e cultivo de cereais, como meio de agradecer todos os colaboradores, em um jantar com alegria e dança. Contam os mais velhos que o fandango durava a madrugada toda, a luz de lamparinas e fogueiras, que animavam os sertões paulistas.

Eram executados ao som das violas de dez cordas e gaitas oito baixos, acompanhados pelos tradicionais tamancos de laranjeira, que substituem as castanholas espanholas. O fandango tornou-se uma manifestação muito singular do homem do campo, onde tal fato era levado tão a sério, que tomava proporções rigorosas. Exemplo disso era que somente pessoas mais velhas podiam dançar e não podiam errar o sapateado, que deveria acompanhar assiduamente as ordens do mandador e o ritmo dos instrumentos.

Na época, eram convidados fandangueiros, sanfoneiros e violeiros de outros bairros também para participar, pois o fandango era tratado também como dança de desafio, havendo ainda competição entre os mesmos, para quem melhor dançasse o ritmo repicado dos instrumentos.

Sempre presente nas festas de quermesses, casamentos e outros eventos comemorativos, o fandango era uma das atrações principais, pois além do sapateado que era específico da dança, o fandango era acompanhado de cantadores, que ficavam responsáveis de intercalar com “queromanas” entre uma dança e outra. A queromana é um estilo de cantoria improvisada, elaborada instantaneamente com os fatos que ali ocorriam ou sobre o dia a dia do homem do campo, sempre entoado em duas vozes, acompanhados pelas violas caipiras, de cravilha de pau ou tarraxa.

Com o passar dos anos, essa dança ganhou grandes traços caipiras, adaptando-se ao povo da redondeza. Traços como a camisa xadrez, chapéu de palha, calças e o lenço no pescoço identificavam a cultura do homem do campo no seu dia a dia.

FEFOL 2019

Ainda no lançamento, foram adiantados os primeiros detalhes sobre a estrutura da festa. “Uma das novidades deste ano é que os grupos não vão ficar nas escolas. Ficarão em pousadas e hotéis. O prefeito nos solicitou que acomodássemos os grupos com mais conforto, nós nos reunimos com os empresários e fomos atrás para oferecer mais qualidade e estamos tendo apoio da hotelaria. Estamos ganhando reconhecimento e teremos muitas coisas novas para acontecer. No primeiro dia, teremos uma apresentação especial do Grupo Jongo da Serrinha, de Madureira, considerado o mais tradicional de dança de batuque no Rio de Janeiro, que é uma parceria com o Sesc. Já adiantamos também que, muito provavelmente, vamos ultrapassar o número de grupos do ano passado. Já são mais de 25 confirmados, inclusive inéditos, e teremos muito mais”, destacou o secretário de Turismo e Cultura, Selim Murad.

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