Tradições dos três estados que compõem o Sul do Brasil estarão representadas no 61º Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL), numa celebração da cultura popular daquela região. A Capital Nacional do Folclore recebe quatro grupos de lá, com duas novidades: o Grupo Folclórico Boi de Mamão de Sambaqui, de Florianópolis/SC, e o Grupo Fandanguará, de Guaraqueçaba/PR, fazem suas estreias no palco do festival e prometem provocar encantamento junto ao público.
Combinando dança, música e teatro, a encenação do Boi de Mamão reúne personagens humanos e fantásticos em uma narrativa que celebra a morte e ressurreição do boi. Figuras como o Vaqueiro, o Doutor(a), a Benzedeira, a Maricota e seu marido Valdemar, além da temida Bernunça – um “bicho brabo” que engole crianças e as faz renascer como o Jaraguá – fazem parte da brincadeira.
O grupo catarinense surgiu em 1983 por uma iniciativa de estudantes, pescadores, músicos e artistas da comunidade local a fim de preservar as tradições, fortalecer vínculos e apoiar a luta pela preservação ambiental e de espaços públicos de lazer. A brincadeira é composta por cantores e brincantes, membros da comunidade e familiares que se revezam nas apresentações. Em uma linguagem simples e lúdica, os versos entoados falam do cotidiano da comunidade e orientam às crianças para preservar a natureza.
Do Paraná, o Fandanguará nasceu em 2004 com a proposta de oportunizar a jovens caiçaras a vivência de sua cultura tradicional por meio da prática do fandango caiçara, com sua musicalidade, danças coreográficas e modas regadas ao batido dos tamancos. O grupo trabalha no resgate, difusão, pesquisa e repasse dessa manifestação, atualmente patrimônio imaterial do Brasil. Todos os integrantes descendem de mestres fandangueiros da região.
Outro paranaense a marcar presença no FEFOL é conhecido pelo público: o Grupo Pôr do Sol, de Quinta do Sol. Um dos maiores divulgadores do fandango e da cultura daquele estado pelo Brasil afora e até pelo mundo, o grupo foi fundado em 2002 com o propósito de promover e preservar especialmente o fandango paranaense, conjunto de danças tradicionais do litoral do Paraná. Hoje seu repertório abrange expressões da cultura popular de outras regiões do Brasil.
O representante do Rio Grande do Sul é o Centro de Pesquisas Foclóricas Raízes Litorâneas, de Xangri-lá. Criado em 2018, o grupo participou da edição online do FEFOL e estreou no palco do festival em 2023. Seu objetivo é manter vivas as tradições e o folclore gaúcho, celebrando a alegria e a cultura popular. Para além da beleza da dança, exatidão dos passos e movimentos, o trabalho pauta-se no sentir, no pulsar do coração.
Sobre o Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL)
O Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL) é o maior festival de folclore do Brasil, consolidando a cidade como Capital Nacional do Folclore desde 2017. Criado na década de 1960 pelo professor José Sant’anna, o evento preserva e valoriza as tradições populares brasileiras há mais de 60 anos, reunindo manifestações autênticas de todas as regiões do país.
A 61ª edição é histórica, com a participação de mais de 60 grupos representando 21 estados brasileiros, de todas as regiões, incluindo, este ano, as presenças inéditas de Roraima e Acre. A programação reúne mais de 120 apresentações no palco principal, desfiles pelas ruas centrais, oficinas de dança, Pavilhão de Artesanato e atividades no Museu do Folclore, com destaque para o estado do Maranhão, homenageado da edição. A expectativa é de mais de 180 mil visitantes durante os nove dias de festival.
O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Defesa do Folclore, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros. Com entrada gratuita, a 61ª edição será realizada de 02 a 10 de agosto de 2025, no Recinto do Folclore.