Exposição “Marina Caram – Expressões da Humanidade” apresenta mais de 40 obras da artista, referência do Expressionismo brasileiro, na Estação Cultural de Olímpia
Neste dia 24 de outubro é celebrado o centenário de nascimento da artista Marina Caram (1925–2008), uma das grandes referências do Expressionismo brasileiro. Pintora, escultora, gravadora, desenhista e ilustradora, Marina destacou-se por sua arte profundamente humana, voltada a retratar desigualdades, preconceitos e os dramas sociais do país.
A ECO (Estação Cultura de Olímpia) segue em cartaz com a exposição “Marina Caram – Expressões da Humanidade”, realizada pelo Acervo Marina Caram, com curadoria de Tereza Cristina Ferreira Batista e produção executiva de Marcelo Monzani. A mostra é exclusiva de Olímpia, única cidade a exibir o trabalho da artista durante seu centenário.
A mostra reúne mais de 40 obras e apresenta cinco fases marcantes de sua trajetória: Fase Inicial (1948–1951), Paris (1951–1952), Salvador (1954–1955), O Homem e as Profissões (1967) e O Homem e a Máquina (1969).
Entre os destaques está o primeiro autorretrato da artista, produzido ainda no ateliê de Di Cavalcanti; uma peça simbólica que marca o início de sua jornada artística.
A exposição permanece aberta à visitação até 4 de junho de 2026, reafirmando o legado de Marina Caram como uma artista que transformou dor, questionamento e sensibilidade em arte atemporal. A exposição é livre para todos os públicos e está aberta a visitação de segunda-feira a domingo, das 9h às 21h.
Nascida em Sorocaba (SP) em 1925, Marina demonstrou desde a infância um talento singular e um olhar sensível para a realidade ao seu redor. Aos 14 anos, mudou-se para São Paulo em busca de aprimoramento artístico. Trabalhou no ateliê de Di Cavalcanti na década de 1940 e, em 1951, teve sua primeira exposição individual no MASP. No mesmo ano, conquistou uma bolsa de estudos do Consulado Francês para cursar a Escola de Belas Artes de Paris, onde aprofundou sua linguagem expressiva e social. Durante sua trajetória, conviveu com nomes como Oswald de Andrade, Pietro Maria Bardi e Lasar Segall.
Marina Caram participou de seis edições da Bienal de São Paulo, além de exposições individuais e coletivas em museus do Brasil, América Latina, Europa e Japão. Em 2021, foi criado o Acervo Marina Caram, em São Paulo, dedicado à catalogação, pesquisa e divulgação de sua obra.
Marina foi uma mulher a frente de seu tempo e seu legado artístico traz o retrato das singularidades da alma feminina. A exposição em Olímpia é gratuita e aberta a todos os públicos.









